A vida nada fácil de Rafinha Bastos
A vida nada fácil de Rafinha Bastos
Mais um parto (de programa) feito por Rafinha Bastos nesse ano. E que programa! O piloto de “A Vida de Rafinha Bastos” acertou bastante, apesar de ter um ou outro ponto a melhorar, em sua estreia no último sábado, 16 de junho.
Não tem jeito: malhar Rafinha Bastos se tornou uma espécie de passatempo da mídia nacional. Mas no caso de “A Vida de Rafinha Bastos”, até mesmo o crítico mais feroz tem que dar o braço a torcer aos pontos positivos do humorístico. O episódio piloto abre com Rafinha em seu número de stand-up comedy – um recurso que relembra “Seinfeld” e de certo modo já nos dá a dica do que esperar: um programa de humor mostrando a vida ficcional do comediante no papel principal.
O programa não mostra o pior do comediante, no entanto; funciona justamente como uma espécie de pedido de desculpas, um “olhe, Rafinha não é um monstro, é só uma pessoa normal”. Cercado por todos os lados por pressões para mudar seu estilo de humor, ele tem de pensar em maneiras de mudar – e mostra que ele não poderia ser um bom moço, ou perderia justamente seu público.
Algo que pode melhorar são os diálogos dos atores, que em algumas situações parecem forçados e pouco naturais – como na cena com os amigos comediantes, ou as falas de Minotauro (que para alguém que não é ator, fez um ótimo trabalho, na verdade). Marília Gabriela, vivendo ela mesma, brilha em sua aparição – o que ode sinalizar que convidados relevantes podem sim melhorar a história.
O piloto exibido vai dar lugar à série em algum momento do segundo semestre. Mas ainda não há uma data definida, e as filmagens não começaram – provavelmente por conta de aguardar as verbas da Lei de Incentivo à Cultura.
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