Plug and Blast: A história dos controles da Nintendo
Plug and Blast: A história dos controles da Nintendo
Consoles, por definição, são microcomputadores dedicados a executar jogoseletrônicos. Nestes jogos, é possível interagir por meio de um controle... Ah, os controles! Eles são as mãos e os pés de todo videogame. Sem eles, não poderíamos desfrutar tantas aventuras que já nos foram postas na frente da televisão. Estamos entrando na oitava geração de consoles com o Wii U e, durante este tempo todo, tivemos diversos objetos em mãos (e até nos pés!): os controles. Que tal conhecer a história de todos que já passaram pela história da Nintendo?
NES/Famicom: começa a era 8-bit!
Começamos a nossa viagem pela década de 1980, com o nosso tão amado Nintendinho(NES para os americanos e Famicom para os japoneses). O controle tinha o básico do básico: um direcional em forma de cruz (o direcional digital, inovação vinda diretamente do Game & Watch), os botões A, B, Start e Select. No Japão, o segundo controle do Famicom era dispensado dos botões Start e Select, mas tinha um pequeno microfone para ser usado em alguns jogos. As cores do controle, assim como de todo o console, se alteravam de acordo com a região. O NES tinha tons de cinza, preto e vermelho em contraste ao vermelho, bege e preto do Famicom.
Foi no NES que começaram os famosos controles alternativos, usados para apenasalguns jogos. O que mais fez sucesso foi a NES Zapper, um controle em forma de arma, utilizado no clássico Duck Hunt (e em muitos outros) e que fez um grande sucesso trazendo este tipo de controle, até o momento apenas usado nos arcades. Podemos destacar ainda o R.O.B., um controle em forma de robô para ser usado como um “amigo eletrônico”, mas teve apenas 2 jogos compatíveis e era muito lento para ser usado como um companheiro de jogatina. Sobram ainda a Power Glove (uma luva para ser usada como controle, considerada uma tentativa de usar os movimentos, que se tornou um dos ícones do mundo gamer) e o Power Pad (um tapete bem parecido com os de dança, com diversos botões para serem apertados com os pés), que não alavancaram.
A fama da Power Glove começou no longa The Wizard, feito pela Nintendo
Super NES/Famicom: a era de ouro dos 16-bits
Avançamos mais uma década e chegamos ao lançamento do Super Nintendo (ou Super Famicom para o Oriente), com seu controlemelhorado. Trazendo todos os botões do NES e o direcional digital, trouxe também dois novos botões (X e Y) e os dois gatilhos L e R, que ficavam no lado do controle e foram copiados desde então em todas as gerações seguintes. Outra novidade foi arrumar os botões A, B, X e Y em forma de cruz, que seria seguida por todos os outros consoles. Mais uma vez, americanos e japoneses não tiveram as mesmas cores de botões: lilás e azul para o Ocidente; verde, azul, vermelho e amarelo para o Oriente.
A lista dos periféricos para o Super Nintendo conta com o SNES Mouse (um mousefeito especialmente para o console, lançado juntamente com Mario Paint, possibilitando a criação de desenhos e músicas), o Super Scope (a arma de brinquedo do console, mais parecida com uma bazuca e que fez menos sucesso que o NES Zapper), o Super Advantage (uma mesa de jogo com alavanca analógica e todos os botões originais, fazendo com que a experiência de jogo se assemelhasse a um arcade) e o Super Multitap (capaz de aumentar o número máximo de controles de dois para quatro, fez sucesso com a série Bomberman).
Comercial americano do Super Scope (SNES)
Nintendo 64: aumentam os bits, aumentam os botões
Foi em 1996 que as pessoas presenciaram o poder que faziam os 64-bits em um console. Com o Nintendo 64, uma nova geração de jogos começou - e tinha de nascer um novo controle para acompanhar tudo isto. O controle do Nintendo 64 tinha um formato diferente dos antigos, com três “pontas”, se assemelhando a uma nave. Os botões X, Y e Select desapareceram e deram lugar aos C-Buttons (quatro botões com setas, quase um segundo direcional digital), a um direcional analógico (que, finalmente, apareceu nos consoles) e ao botão Z (localizado atrás do controle, se assemelhava a um gatilho). O direcional digital ficava à esquerda, seguido do botão Start e do direcional analógico ao centro e dos C-Buttons e botões A e B à direita, além do botão Z atrás do controle e dos botões L e R nas bordas.Foi no Nintendo 64 que os consoles coloridos fizeram moda, muitas vezes lançados com jogos por meio de bundles. Controles verdes e com cor de banana (Donkey Kong 64), dourados (Ocarina of Time), rosa e azul (Super Mario 64), tematizados com Pikachu (Pokémon Stadium) e com frutas (verde, vermelho, azul, preto, roxo e laranja) foram alguns dos modelos. Entre os periféricos, nenhum novo controle foi lançado, porém, o Rumble Pak, um aditivo ao controle que disponibilizava a função de vibração, foi outra inovação da Big N. O Nintendo 64 foi uma grande reformulação, por causa da nova jogabilidade em 3D, e que só foi vista alguns anos depois...
Nota do redator: é impossível falar do Nintendo 64 sem ver este vídeo.
GameCube: as inovações da sexta geração
Século XXI, segundo milênio: foi nesta virada de tempo, mais precisamente em 2001, que o GameCube, a aposta da Nintendo na sexta geração, foi apresentado. O controle do GameCube trazia de volta os botões X e Y do SNES, mas a principal inovação foi o rearranjo dos botões. O Start, o L e o R foram os únicos que continuaram no lugar. O direcional analógico tomou o lugar do “direcional principal”, à esquerda, com o direcional digital logo abaixo. Do lado direito, o botão A ganhou o maior destaque, com os botões Y, X e B em seu contorno. Acima dele, o botão Z, que saiu da parte de trás do controle para ir ao topo. Abaixo destes botões, o direcional analógico C, que substituiu os C-Buttons do N64.
Periféricos no cubo não faltaram: Wavebird (controle do GameCube sem fio), DKBongos (dois bongos com botões e um microfone acoplado foi a proposta da Big N para Donkey Konga e Jungle Beat), o dance pad (um tapete de dança usado apenas em Dance Dance Revolution: Mario Mix) e um teclado ASCII (usado em alguns MMORPGs no Japão). Os controles coloridos e temáticos continuaram no cubo, sendo a cor padrão (aquele azul-escuro) chamado de Indigo.
O teclado ASCII do GameCube, pouco conhecido e apenas lançado no Japão
Nintendo Wii: a revolução dos controles
Finalmente! Chegamos ao presente! Chegamos ao Nintendo Wii, que, trazia no seu lançamento, a ideia de renovar o conceito de jogar videogame. A alma deste pensamento é o Wii Remote, o controle que trás acelerômetros, câmera infravermelha e um giroscópio para capturar os movimentos. Temos alguns botões ainda (A, B, 1, 2, +, - e Home), que são usados, na maioria das vezes, quando o controle deve ser usado na horizontal, como um controle de NES. O controle pode ser usado como cursor, pode ser chacoalhado, mexido para cima, para baixo, para os lados... Ele é o controle mais liberal de todos!
Periféricos pro Wii? A lista é bem grandinha: Nunchuk (obrigatório para 99% dosjogos, um controle plugado ao Wiimote com sensor de movimento, direcional analógico e botões), Classic Controller (um controle convencional, semelhante ao de SNES mais 2 direcionais analógicos), Wii Zapper (um suporte de plástico com um gatilho para que o Wiimote e o Nunchuk assumam o papel de uma arma),Wii Wheel (outro suporte com encaixe para o Wiimote com formato de volante), Wii Balance Board (uma balança com sensores de pressão para atividades físicas, muito usado em Wii Fit) e Wii Motion Plus (periférico que aumenta a sensibilidade do controle e que vem acoplado no Wii Remote Plus).
Chegamos ao fim da nossa viagem com um futuro desconhecido: como será que jogaremos com o Nintendo Wii U GamePad? Com tantas inovações, algumas delas já mostradas na E3 2012, este não deve ser diferente dos outros controles da Nintendo, sempre trazendo inovações e novos jeitos de jogar. Temos ainda o Wii U Pro Controller que trás de volta o nosso controle convencional... O que será que eles reservam? Afinal, este é o jeito Nintendo de fazer jogos, não é? Pra você, qual é o melhor controle de todos os tempos?
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